quinta-feira, 4 de junho de 2015

Funcionária sofre aborto dentro de agência de banco, é impedida de sair e guarda feto em saco

Estudo relaciona Bisfenol A com o aborto (Foto: Thinkstock)

O Ministério Público do Trabalho em Palmas, no Tocantins, pediu na Justiça Trabalhista a condenação do Banco Itaú S.A. por assédio moral. De acordo com nota publicada pelo Ministério, uma funcionária grávida de uma das agências, em Palmas, passou mal e sofreu um aborto espontâneo, segundo relato de alguns colegas que estavam presentes no momento. "Mesmo ensanguentada, não pôde sair da agência até fechar a tesouraria, três horas depois do aborto, guardando nesse período, o feto em saco plástico. No outro dia, após ir ao médico, voltou à agência para transferir a tesouraria para outro funcionário, e teve seu direito legal de 30 dias de afastamento reduzido para apenas quatro", diz a nota. A multa pretendida é de R$ 20 milhões.

De acordo com a procuradora que conduz a investigação, Mayla Mey Friedriszik Octaviano Alberti, o banco foi procurado diversas vezes, mas não se manifestou, não respondeu às notificações e nem apresentou os documentos solicitados. Na nota do Ministério Público do Trabalho, Alberti ressalta que "os bancários são punidos quando ficam doentes e que a desastrosa gestão laboral já causou a perda da vida (do nascituro), além de ameaçar outras, que estão geradas em condições adversas de pressão e estresse".
CRESCER procurou o Banco Itaú, que enviou uma nota de posicionamento. A empresa informa que só teve acesso aos documentos nesta quarta-feira (3). "O fato relatado é estarrecedor, fere os mais fundamentais princípios da organização e é inadmissível na nossa ética e cultura de respeito e valorização dos profissionais. O Ministério Público do Trabalho conduziu as investigações sob sigilo, por isso tivemos acesso aos documentos somente nesta manhã. Desta forma, iniciamos a apuração dos fatos, inclusive, para aplicação das devidas penalidades funcionais, cíveis e trabalhistas",diz o comunicado.

Via Márcio Melo

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