Por César Santos
O governador eleito Robinson Faria (PSD) tinha um encontro agendado
para ontem com o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), para discutir
estratégia de segurança pública, objetivando importar o sistema cearense
para o Rio Grande do Norte.
O futuro governador potiguar fez campanha oferecendo a segurança do
vizinho Estado como modelo a ser aplicado em terra potiguar, vendendo a
ideia de que é a solução para inibir a escalada da violência.
É verdade que Robinson Faria tem a melhor das atenções, aliás, todo
governante tem, afinal, a falta de segurança é um problema que afeta a
sociedade inteira, do simples cidadão ao empresário bem-sucedido. Agora,
levando em consideração o nível de violência no Ceará, o modelo do
Governo cearense da segurança pública não é dos melhores.
Basta acompanhar o noticiário ou fazer uma clipagem nos jornais daquele
Estado, para ver que a bandidagem está ganhando a guerra ou, no mínimo,
o sistema do governo não tem sido capaz de inibir a ação marginal.
Os cearenses estão apavorados, trancados dentro de casa, como acontece
no Rio Grande do Norte. A situação lá, conforme os números, é bem mais
grave, e costuma-se dizer que na capital alencarina “mata-se um e
amarra-se outro para minutos depois”.
Ofato é que pouco resolvem programas como “Ronda Quarteirão” e “Polícia
de Proximidade”, criados pelo Governo cearense, se as estruturas do
País e dos Estados estão falidas na área de segurança pública.
Melhor seria o futuro governador, ao invés de ir conhecer o sistema
fracassado do Ceará, formar uma equipe do próprio Governo potiguar para
elaborar um projeto capaz de, se não resolver, pelo menos atenuar o
sentimento de insegurança que reina no Rio Grande do Norte.
Não cabe aqui entrar no mérito da segurança, que exige um conhecimento
técnico profundo da área e, também, um mergulho na questão social, que
certamente é a causa maior do estado de miséria, sob todos os aspectos.
Mas, sim, alertar o governador eleito a cuidar da segurança pública,
conforme promessa feita em palanque.
Não é possível que a escalada da violência seja transferida de governo a
governo, de ano a ano, sem que se encontre uma solução para devolver a
tranquilidade ao cidadão de bem. Aqui, o quadro é grave. No Ceará, é
gravíssimo.
Portanto, um e outro não servem de parâmetro para estancar o problema.
De resto, é rezar para que, enquanto os governos não oferecem um sistema
de segurança eficaz, Deus proteja a todos nós.
LEIA OS BASTIDORES DA POLÍTICA NO BLOG DO CÉSAR SANTOS via Jornal de Fato
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